terça-feira, 29 de março de 2016

Circuitos Integrados... Todos a bordo !!!

O transístor permitiu a evolução dos equipamentos eletrônicos que eram baseados em válvulas a vácuo e que constantemente se queimavam necessitando sua reposição que deixava o circuito fora de operação, com o passar do tempo diversos circuitos especializados em resolver problemas comuns foram desenhados e amplamente utilizados, como eles se baseavam em transistores e o núcleo desses componentes podiam ser combinados para formar um conjunto de transistores em um espaço bem reduzido, foram criados os ICs "Integrated Circuits" (ou em português CIs, "Circuitos Integrados"), como o próprio nome já diz, esse componente é criado juntando num pequeno espaço um circuito que resolve um problema específico.






A interação destes circuitos com o mundo exterior é feita por meio de pinos que ficam expostos, o corpo desses circuitos pode ter diversos formatos padronizados que são escolhidos de acordo com o tipo de placa de circuitos usada no projeto. Os mais comuns para os praticantes de eletrônica como Hobby são os DIP ou DIL (Dual Inline Package) no qual o circuito está dentro de uma caixa retangular (geralmente preta) e possui pernas metálicas dos dois lados, o número de pernas varia de acordo com o circuito integrado. Esse padrão é muito útil para a prática do hobby pois nos permite utilizar esses dispositivos nas placas de protótipo (Protoboard) sem a necessidade de soldar o componente em uma placa de circuitos. Nas placas de protótipo as ligações entre os componentes é feita por meio de fios, vou abordar mais detalhes em um artigo específico.
Existem diversos tipos de encapsulamento, veja na imagem a seguir.



Mesmo no caso das placas de circuito impresso podemos utilizar soquetes que possuem o mesmo tamanho e número de pernas que os circuitos integrados que vamos usar, assim não corremos o risco de queimar os circuitos mais sensíveis no processo de solda e também permite a fácil substituição desses componentes caso ele venha a se danificar ou quando apenas desejamos utilizá-lo em algum outro circuito, segue uma imagem de alguns sockets DIP, com diferentes pinagens.



Para conhecer o funcionamento de um circuito integrado é importante ler o seu "manual" que é conhecido pelo termo "Datasheet", geralmente é um documento em formato PDF que contém os detalhes técnicos mais importantes sobre o componente. Existem diversos sites especializados em armazenar esse tipo de documentação e localizar esse tipo de informação na internet é muito fácil.

Para quem está iniciando, um alerta, tome cuidado com os circuitos "prontos" que você encontra na internet, eles podem conter erros ou terem sido projetados para alguma variação do circuito integrado que você pretende utilizar, por exemplo: alguns circuitos possuem faixa de tensão e corrente de trabalho diferentes de acordo com o modelo fabricado, ou seja, o mesmo circuito com o mesmo nome pode ter sido construído para operar em ambientes diferentes, as vezes o fabricante muda apenas uma letra ou número para indicar essa variação. Recomendo que antes de colocar para funcionar você verifique na documentação se está tudo dentro do esperado... ou então não ligue pra isso, seja "vida loka" e saia ligando o circuito exatamente como no projeto, mas já fique sabendo que algum dia você pode ter uma surpresa desagradável.

Vou escrever mais sobre alguns circuitos integrados em especial, não dá para falar sobre todos porque são muitos, vou selecionar os que eu já conheço bem e que já utilizei em meus projetos.

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