O ritmo de postagem ficou bem mais lento agora... mas foram muitas informações para filtrar e condensar, porque esse assunto é bem complexo... vamos lá !!!
Esses componentes são muito importantes nos circuitos eletrônicos,
porém eu ainda conheço pouco sobre como utilizá-los de forma correta e
eficiente.
Vou passar para vocês os usos práticos que eu aprendi e como integrar isso com seu projeto.
Imaginem um transistor como se fossem dois diodos interligados, bom, não é tão simples assim, mas a teoria é essa... o diodo possui dois polos dopados e funcionam como semicondutores, o transistor possui três polos, podem ser PNP (Positivo-Negativo-Positivo) ou NPN (Negativo-Positivo-Negativo) que indicam a polaridade dessas três partes do componente, ele possui três pinos conectados a esses polos que são identificados como C (Coletor), B (Base) e E (Emissor).
A Base é a região central e menos dopada do transistor, o Coletor é um pouco mais dopado e o Emissor mais que todos eles... todo mundo dopado? que isso? e porque isso poderia me interessar? bem... quando zeramos a carga entre Coletor e Base a energia entre Emissor e Base é cortada, quando é aplicada uma carga entre Coletor e Base a dupla Emissor/Base passar a conduzir energia, mais do que isso, ele consegue conduzir mais energia do que a primeira dupla, com isso temos uma espécie de "torneira" que controla o fluxo de energia sem ser afetado por ele.
Dessa forma um
transístor pode ser usado como se fosse um tipo de "fechadura eletrônica," você
tem uma entrada (Coletor/Base) que indicará se a corrente deve ou não passar pelo outro
lado (Emissor/Base) e também qual a intensidade de energia deve passar por lá.
Acredito que o maior uso que eu identifiquei até o momento em meus
projetos foi a possibilidade de acionar pequenos motores elétricos, isso
ocorre porque eu não posso alimentar um motor diretamente da saída de
um microcontrolador, isso poderia facilmente danificar esse circuito
integrado. A solução é usar o sinal gerado pelo microcontrolador como
entrada em um transistor que vai permitir ou não a passagem de energia
para o motor, mas essa energia virá da fonte de alimentação (ou
bateria) para o motor passando apenas pelo transístor, não será usada a
energia que passa por dentro do microcontrolador para que este não seja
danificado. A alimentação direta é bem simples, aqui está um
circuito de exemplo.
A possibilidade de girar o motor
nos dois sentidos inclui a complexidade de ter que inverter a polaridade
da energia que vai chegar ao motor, isso pode ser controlado por meio de uma
H-Bridge, esse é um circuito bem conhecido e que se utiliza de vários
transistores para controlar o motor podendo realizar a inversão de
rotação, em lugar de se utilizar apenas uma saída do microcontrolador
que controla se o motor será ligado ou não, utilizaremos duas saídas que
nos dá quatro possibilidades sendo elas motor parado, girando no
sentido horário, girando no sentido anti-horário e um último estado que, dependendo do circuito,
pode deixar o motor travado (como se fosse um freio) ou em um estado que não se deve utilizar porque queimaria os transistores da H-Bridge. Voltaremos a
esse assunto quando eu estiver escrevendo um artigo sobre motores DC,
por enquanto saiba apenas que existe essa possibilidade e que existem
circuitos integrados que implementam essa H-Bridge de forma a reduzir
significantemente a complexidade dos projetos, a única preocupação adicional é com a dissipação do calor gerado por esses circuitos.
Até a próxima !!!
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