quarta-feira, 9 de março de 2016

Resistores variáveis... As vezes resistem muito, as vezes pouco e outras vezes nada !!!

Esse tipo de resistor tem a propriedade de variar a resistência a medida que se desloca o seu manipulador que vai de nenhuma resistência até chegar ao valor máximo para o qual foi fabricado. Quando ele é usado para variar a potência, chamamos o componente de "potenciômetro", quando é usado para variar a corrente, não chamamos ele de "correntômetro" porque esse nome é muito feio, chamamos ele de reostato. Apesar de todos esses termos, na prática, acabamos chamando todos eles de potenciômetros independente do uso.

Símbolos do resistor variável

Você poderá observar pelas fotos que ele é formado por uma parte fixa onde podem ser conectados os valores mínimos e máximos em cada extremidade e uma parte móvel onde temos o resultado dessa seleção. Se a gente colocar uma tensão de 5v no máximo e 0v no mínimo, então ele deveria nos dar uma saída de 1v quando estivermos a 20% de distância do mínimo, correto? Bem... mais ou menos... isso depender de como o componente foi construido.
De acordo com a sua construção a variação pode ocorrer de forma linear ou logarítima. No primeiro caso a resistência é diretamente proporcional ao movimento executado, se a gente fizer um gráfico relacionando a resistência com a posição do seletor o resultado será uma linha reta. No segundo caso a resistência varia mais devagar no início e mais rapidamente no final, gerar um gráfico disso revela uma curva logarítima.


Formatos
Existem vários formatos de resistores variáveis, os mais comuns são aqueles com botões que giramos para aumentar o som de aparelhos antigos (porque hoje em dia é tudo digital) ou no formato deslizante como naquelas mesas de som que os DJs usam para mixar o áudio de duas fontes distintas. Outro tipo parecido são os trimpots (trim=ajuste fino, pot=potenciômetro) eles costumam ser menores e presos diretamente nas placas de circuito impresso, geralmente o usuário não tem acesso direto a eles pois são usados apenas para ajustes internos do circuito no qual foi inserido. É comum ver em placas de circuito esses elementos com uma espécie de tinta sobre ele que serve para "selar" o ajuste que foi feito pelo fabricante evitando que ele se desloque acidentalmente e também para mostrar ao técnico que alguém já "fuçou" a regulagem, portanto... sejam discretos e se não resolveu quando você mexeu, tente colocar na mesma posição novamente.

 TrimPots em dois formatos diferentes.
Potenciômetros simples e duplo
 
 Potenciômetros deslizantes




Uso em aparelhos de som
No caso dos controles de volume, utilizamos potenciômetros logarítimos, eles permitem um ajuste fino dos volumes mais baixos onde que o ouvido humano é mais sensível e depois de certo ponto faz com que o volume seja aumentado mais rapidamente pois a gente já nem repara mais porque está alto pra caramba e não estamos mais pensando direito. Para os controles da graves, agudos e balanço o mais indicado são os potenciômetros lineares.

Uso em Joysticks
Os joysticks antigos possuiam quatro botões do tipo liga/desliga um para cada direção possível, isso fazia com que as movimentação ficassem muito "mecânicas", era quase como usar um teclado, já faz um bom tempo que os joysticks são analógicos, eles funcionam com um par de potenciômetros que atuam nos eixos vertical e horizontal, para um circuito digital como um microprocessador ou microcontrolador saber a posição atual se usam, geralmente, conversores analógico/digital que basicamente convertem a tensão que passa pelo potenciômetro em um valor numérico, o único ajuste necessário é saber a posição central, ou de "repouso" do joystick já que os valores lidos dependem das referências de mínimo e máximo para cada um dos movimentos (acima/abaixo e direita/esquerda).

Aprofundando um pouco
O que já vimos é suficiente, mas se quer entender um pouco mais, continue lendo.
Falei no início que o resistor variável pode ser usado para variar a corrente ou a tensão, vamos ver como isso funciona analisando um esquema simplificado de cada caso.


No esquema (a) vemos como podemos variar a corrente, isso é analisado naquele ponto com a letra A onde colocamos um "Amperímetro" que é um aparelho que mede quantos Amperes estão passando naquele ponto. O resistor variável é indicado por R1 e existe um resistor R2 que simboliza uma carga qualquer que está sendo consumida de forma a existir alguma resistência no sistema quando a gente chegar no mínimo.
No esquema (b) podemos ver como limitamos a tensão, isso é feito ligando os valores mínimo e máximo em cada uma das pontas do resistor variável R e a medida em Volts pode ser feita no ponto com a letra V.

Bom, até a próxima...

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